terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Leituras e outras aventuras… 5º A


Era uma vez uma linda fada
Muito fofa e engraçada,
Que se chamava Oriana
E vivia numa floresta encantada.

Num belo dia de sol
Apareceu a Rainha das Fadas,
Que lhe deu uma varinha
E muitas tarefas complicadas.

Todos os dias da semana
A fada tinha que trabalhar,
Ajudar uma doce velhinha
Para ela não se “estampar”!

Oriana ajudava também
O moleiro e o lenhador,
Levava-lhes comidinha
E deixava-lhes um rasto de amor.

No meio dos seus grandes passeios
Oriana encontrou umas andorinhas,
Que lhe propuseram viajar pelo mundo
Batendo as asas e dando voltinhas.

A fada conseguiu resistir
Ao desafio e à tentação.
Não podia abandonar a floresta,
Porque tinha todos no coração.

Mais tarde, num dos seus percursos
Entrou na casa do Homem Muito Rico,
Falou com milhentos objetos
E participou num fabuloso bailarico.

Mas…o dono da casa entrou
E viu numa mesa um recadinho
Todos, todos reclamavam,
Desde o cadeirão ao espelhinho.

Desorientado o patrão,
A careca começou a esfregar;
Oriana com a sua varinha de condão
Deu-lhe cabelo para o acalmar.

Depois…a fada sentou-se na relva
A descansar e a apreciar o rio;
Salvou um belo peixe
Que lhe agradeceu e sorriu. 

Este belo e fino peixe
Que Oriana conseguiu salvar,
Um dia mais tarde
Vai a Fada atraiçoar.

Oriana a olhar o seu reflexo,
Ficou muito espantada!
Foi a correr ter com o espelho
Que a deixou desapontada.

Então, regressou ao rio
Para ouvir os elogios do peixe “amigo”.
Envaideceu-se com a conversa
E só passou a olhar para o seu umbigo.

De todos seres se esqueceu
Só tinha o peixe na memória
O tempo foi passando, passando…
E de repente mudou-se a história!

A Rainha das Fadas boas
Num instante, apareceu!
Ralhou muito com Oriana
E até um castigo lhe deu!

Perante a promessa esquecida
A Rainha das fadas não foi meiguinha
Castigou severamente Oriana
E retirou-lhe as asas e a varinha.

A floresta abandonada
Ficou entregue à solidão
Todos os seres partiram
Sem destino, nem direção.

Até ao seu amigo poeta
A noite desencantou;
Ele próprio desapareceu
E só cinzas lhe deixou.

Oriana pôs-se a caminho
Em busca do perdão.
Queria remendar as asneiras
Para recuperar a varinha de condão.

Andou por toda a cidade
Mas ninguém encontrou.
Bateu a todas as portas,
Até que se cansou.

Foi aí que se lembrou
Da sua velha amiguinha,
Que para além da proteção
Também lhe levava comidinha.

Mas certo dia, sem querer,
A velha tropeçou.
Ia caindo de um penhasco
Quando a Oriana a agarrou.

Foi então que a Rainha das Fadas
Refletiu e apareceu,
Para devolver a Oriana
Tudo aquilo que perdeu.

Oriana aprendeu de vez
Que o egoísmo é um defeito,
Devemos saber olhar os outros
Sem ter a mania que se é perfeito.

Cometer erros é humano
Mas remendá-los é fundamental,
Saber respeitar os outros
É um valor essencial.

E era uma vez uma história
De uma fada encantada
Que vivia alegre e feliz
Era generosa e muito amada.

E era uma vez uma história
Onde a cor da vaidade era solidão,
Onde aprendemos que a generosidade
É um dos maiores valores do coração!
 
Também pudemos aprender
Que os compromissos são para cumprir.
Porque está nas nossas mãos
Saber ser livre e sorrir!


A Fada Oriana (Reconto)
 

 

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