Era uma vez
uma linda fada
Muito fofa e
engraçada,Que se chamava Oriana
E vivia numa floresta encantada.
Num belo dia
de sol
Apareceu a
Rainha das Fadas,Que lhe deu uma varinha
E muitas tarefas complicadas.
Todos os
dias da semana
A fada tinha
que trabalhar,Ajudar uma doce velhinha
Para ela não se “estampar”!
Oriana
ajudava também
O moleiro e
o lenhador,Levava-lhes comidinha
E deixava-lhes um rasto de amor.
No meio dos
seus grandes passeios
Oriana
encontrou umas andorinhas,Que lhe propuseram viajar pelo mundo
Batendo as asas e dando voltinhas.
A fada
conseguiu resistir
Ao desafio e
à tentação.Não podia abandonar a floresta,
Porque tinha todos no coração.
Mais tarde,
num dos seus percursos
Entrou na
casa do Homem Muito Rico,Falou com milhentos objetos
E participou num fabuloso bailarico.
Mas…o dono
da casa entrou
E viu numa
mesa um recadinhoTodos, todos reclamavam,
Desde o cadeirão ao espelhinho.
Desorientado
o patrão,
A careca
começou a esfregar;Oriana com a sua varinha de condão
Deu-lhe cabelo para o acalmar.
Depois…a
fada sentou-se na relva
A descansar
e a apreciar o rio;Salvou um belo peixe
Que lhe agradeceu e sorriu.
Este belo e
fino peixe
Que Oriana
conseguiu salvar,Um dia mais tarde
Vai a Fada atraiçoar.
Oriana a
olhar o seu reflexo,
Ficou muito
espantada!Foi a correr ter com o espelho
Que a deixou desapontada.
Então,
regressou ao rio
Para ouvir
os elogios do peixe “amigo”.Envaideceu-se com a conversa
E só passou a olhar para o seu umbigo.
De todos seres
se esqueceu
Só tinha o
peixe na memóriaO tempo foi passando, passando…
E de repente mudou-se a história!
A Rainha das
Fadas boas
Num instante,
apareceu!Ralhou muito com Oriana
E até um castigo lhe deu!
Perante a promessa esquecida
A Rainha das fadas não foi meiguinha
Castigou severamente Oriana
E retirou-lhe as asas e a varinha.
A floresta
abandonada
Ficou
entregue à solidãoTodos os seres partiram
Sem destino, nem direção.
Até ao seu
amigo poeta
A noite
desencantou;Ele próprio desapareceu
E só cinzas lhe deixou.
Oriana
pôs-se a caminho
Em busca do
perdão.Queria remendar as asneiras
Para recuperar a varinha de condão.
Andou por
toda a cidade
Mas ninguém
encontrou.Bateu a todas as portas,
Até que se cansou.
Foi aí que
se lembrou
Da sua velha
amiguinha,Que para além da proteção
Também lhe levava comidinha.
Mas certo
dia, sem querer,
A velha
tropeçou.
Ia caindo de
um penhasco
Quando a
Oriana a agarrou.
Foi então que
a Rainha das Fadas
Refletiu e
apareceu,Para devolver a Oriana
Tudo aquilo que perdeu.
Oriana
aprendeu de vez
Que o
egoísmo é um defeito,Devemos saber olhar os outros
Sem ter a mania que se é perfeito.
Cometer
erros é humano
Mas
remendá-los é fundamental,Saber respeitar os outros
É um valor essencial.
E era uma
vez uma história
De uma fada
encantada Que vivia alegre e feliz
Era generosa e muito amada.
E era uma
vez uma história
Onde a cor
da vaidade era solidão,
Onde
aprendemos que a generosidade
É um dos
maiores valores do coração!
Também
pudemos aprender
Que os
compromissos são para cumprir.
Porque está
nas nossas mãos
Saber ser
livre e sorrir!
A Fada Oriana (Reconto)
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